Vereadores da base de Fábio Gentil se sentem desprestigiados e formam o G9 dos descontentes.

Parece que o clima político entre vereadores da base aliada e o prefeito de Caxias, Fábio Gentil (PRB) não vai tão bem. Eleito com uma minoria, apenas 3 dos 19 integrantes da Casa, antes mesmo de assumir a cadeira no Executivo, o gestor municipal conseguiu cooptar nada menos do que 9 parlamentares, elevando para 12 o número de edis dispostos a defendê-lo na Tribuna da Câmara. Até ai nada de anormal.

No entanto, passados um pouco mais de dois meses de seu governo, Fábio Gentil ainda não cumpriu nada do acordo com essa dita base, na verdade, com exceção de uns 3 vereadores que conseguem sentar à mesa do café com o gestor municipal e já tiveram alguns ou muitos, pedidos atendidos, os demais estão se sentindo desprestigiados. Já falam até na formação do G9, integrado pelos parlamentares que estaria descontentes e querendo uma audiência urgente com o prefeito.

Nos corredores da Câmara Municipal é cena recorrente, centenas de pessoas batendo às portas nos gabinetes desses edis com seus respectivos currículos para verem se conseguem um lugar ao sol. A fila é tão grande que as vezes é preciso distribuir senhas para que todos sejam atendidos. A resposta, pelo menos até o momento é desanimadora. “Tá difícil falar com o Cabeludo, mas, vamos aguardar”.

Muitos ainda não botaram a boca no trombone, mas, em entrelinhas e até mesmo para os mais próximos, relatam a falta de “consideração” que estão tendo por parte do gestor e de seu secretariado.

Para quem acha que tudo não passa de blá blá blá, vá pessoalmente tentar marcar uma audiência com o prefeito e ver se consegue. Se for falar com os vereadores, a choradeira vai ser por parte deles, já que os mesmos estão próximos do povo, mas, distantes do Palácio da Cidade.

À medida que o tempo vai passando, o descontentamento vai aumentando e ‘logo logo’, podemos ter um Câmara muda, mesmo sento maioria do governo, mas, sem estímulos para ecoar suas ações, ou pior, Fábio Gentil poderá está criando um cenário atípico, em que os vereadores poderão buscar novos ninhos políticos e quem sabe, mirando 2018 em palanques opostos.