Mesmo após uma denúncia de seis meses, as condições de uma escola da rede municipal de Caxias continuam precárias. Toda estrutura é de taipa, com cobertura de palha, não existem banheiros ou água filtrada. No período chuvoso, as salas alagavam e todos os alunos ficavam molhados. Mas no verão os problemas continuam.
O tempo passou e os alunos continuam estudando nas mesmas condições mostradas pela equipe do Blog do Paulo Sousa no início do semestre. Se algum aluno, por exemplo, quiser fazer suas necessidades básicas, precisa ir para o mato.
Uma das salas foi ampliada pelo próprio professor, que gastou R$ 50 pelo trabalho. As carteiras não foram trocadas por novas e muitas estão amarradas com arame. O quadro para escrever o conteúdo em sala de aula está tomado por cupins. E detalhe: um deles foi doado. O giz e a limpeza do mato ao redor da escola também é por conta de quem estuda no local.
A escola de ensino municipal São Francisco existe há 12 anos e atende alunos com idades entre cinco e 18 anos. Do primeiro ao quinto ano. O espaço onde eles estudam durante todo esse tempo é da família da dona maria de jesus. Moradora há 56 anos do povoado Cafundó, ela disse que nunca recebeu nada da prefeitura. Já ofereceu uma proposta de vender e até doar. Mas nunca, nenhum representante do poder público apareceu para falar sobre o assunto.
“Se eles a Prefeitura de Caxias quiserem que a gente doe, nós doamos. A gente só quer que eles façam [a escola]”, disse.
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