Apesar das constantes chuvas que tem caído na cabeceira do Rio Itapecuru, o nível de suas águas continua estável e não ameaça a população ribeirinha, pelo menos, no trecho que corta o município de Caxias.
Agonizando - Por outro lado, o que preocupa é a falta de políticas públicas de proteção à sua bacia hidrográfica. O leito do rio está completamente modificado por conta do uso incorreto do seu solo, fato este ocasionado pela poluição de suas águas e o desmatamento da mata ciliar, o que tem provocado até mesmo a escassez dos peixes.
Animais mortos, pedaços de madeira e plástico boiando, são alguns dos objetos lançados na água, que apresenta uma coloração barrenta. A poluição toma conta de toda sua extensão que corta o município de Caxias. Ao pé das três pontes sobre o Itapecuru, é possível ver o acumulo de lixo.
Mas, a situação fica cada vez mais crítica, por conta da retirada ilegal de areia. No ano passado, o Departamento Nacional de Produção Mineral, autuou os proprietários de dragas que retiram areia do rio Itapecuru na região de Caxias. O assoreamento, cria bolsões de terra e já fez o rio perder 75% do seu volume.
Apesar da fiscalização do DNPM, ribeirinhos denunciam que ainda existem dragas retirando areia do rio em povoados da zona rural em Caxias e também em São João do Sóter.
Outro fator preponderante para essa situação de risco, são as ocupações desordenadas às margens do Itapecuru. São casas, casarões e outras edificações ao longo do leito, que não respeitam a Lei nº 4.771 do código florestal, que trata sobre o tema.
Com 1,2 mil km de extensão, o rio Itapecuru, que liga o sul do estado do Maranhão ao Atlântico, corta 52 municípios e abastece cerca de 65% da população da capital.
Ainda no município de Caxias, um dos principais afluentes do Itapecuru, o riacho São José, que corta 6 bairros da margem direita do rio, sofre com os mesmo problemas, e ambos correm o risco de desaparecer.
Fonte: Portal Noca.
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