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Quem será o legítimo representante do povo caxiense em 2017?

terça-feira, 8 de novembro de 2016

A maioria das pessoas vota para eleger seus vereadores pensando e querendo que eles façam tudo, desde a execução de ações até a doações no dia a dia. Muitas pensam que o vereador pode fazer obras como pavimentação, saneamento básico, construção de escolas, hospitais, creches, recuperação de estradas etc.

Outras esperam que o vereador doe combustível, botijão de gás, remédio, materiais de construção, carregue mudança, libere veículos apreendidos, consiga empregos, entre outras coisas que não cabem a um mandato legislativo.
Infelizmente, grande parte dos vereadores corresponde a esta expectativa, principalmente quando se trata de ajudar seus eleitores e quando seu principal objetivo é garantir sua reeleição e seu bem estar, deixando bem claro que o individual está acima do coletivo.
Nesse sentido, muitos vereadores ao invés de ser um agente político, um legítimo representante do povo, como diz a Constituição Federal e a Lei Orgânica de cada município, ele apenas legisla em causa própria ou se torna um assessor especial do prefeito, passando a defendê-lo de forma incondicional, não sabendo mais diferenciar o que é bom ou ruim para o município.
Na defesa do seu mandato, ele elege algumas prioridades: 1º – a família; 2º – seu grupo político; 3º – seus eleitores; 4º – o município. O vereador, porém, não deve representar apenas quem o elegeu, e sim a comunidade como um todo, mas este tipo de prática infelizmente ainda é o caminho mais fácil para a vitória nas urnas.
Assim, para o vereador que realmente desempenha seu papel, apresentando projetos de leis, pedidos de providências, indicações que vão beneficiar toda a população, independente de quem votou ou não; que faz representações no Ministério Público estadual e federal, referentes às irregularidades da gestão; que solicita e cobra informações do Executivo, exigindo a transparência na gestão pública; que fiscaliza e julga se preciso; que tem o coletivo acima do individual; a sua reeleição é uma incógnita.
A Câmara Municipal de Vereadores é responsável direta pela má gestão de um prefeito ou, no mínimo, conivente, pois é pela Câmara que passam todos os projetos, que às vezes são bons ou não para o município. Mas para serem executados precisam da aprovação dos vereadores. É a Câmara que vota o orçamento anual, que suplementa, que autoriza a fazer empréstimos, que julga as contas do prefeito (aprovando ou não) e tem o poder de confirmar ou não o parecer do Tribunal de Contas do Município.
Na gestão pública, tudo passa pelo poder legislativo, que pode propor ou emendar o que for votado, que pode fiscalizar o que não foi feito e julgar, condenando quando estiver errado. Se todos os agentes políticos agissem dessa forma, não tenho dúvida que a política seria o maior meio de transformação.


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