Há 11 anos que folclore e arte se misturam num grande espetáculo a céu aberto, onde as luzes da cidade da Princesa do Sertão dão lugar às tochas, e os fiéis percorrem em ritmo alucinante vivenciando passo a passo o drama da Paixão de Cristo. Esta é a Procissão do Fogaréu.
O evento, de cunho religioso/cultural, deve reunir cerca de 22 mil pessoas, entre personagens, figurantes e telespectadores nesta quarta-feira de Trevas (16), em Caxias. Já é a segunda maior do Brasil, ficando atrás apenas da cidade de Goiás Velho (GO), onde é realizada a mais antiga e tradicional Procissão do Fogaréu do Brasil (são mais de 200 anos).
Do adro da Catedral de Nossa Senhora dos Remédios às estreitas ruas do centro histórico, um ambiente de suspense ao som dos tambores que mantém a ordem e remontam a tradição do século XVII. A adrenalina e emoção tomam conta de cada espectador, o que explica o aumento do público a cada ano.
A Procissão do Fogaréu de Caxias se diferencia de todas as outras realizadas no país, porque, além dos farricocos, que seguem encapuzados pelas ruas da cidade com tochas nas mãos, há a encenação teatral, o que não acontece em nenhuma outra do estilo, nem mesmo em Goiás Velho.
Antes da peregrinação, acontecerá a acolhida dos romeiros com o sermão do bispo de Caxias, dom Vilsom Basso. Logo após, há um espetáculo teatral de duas horas de duração com atores locais, mostrando passagens importantes da vida de Jesus Cristo.
A Procissão do Fogaréu é coordenada pela OCAT - Organização Caxiense de Artes e Tradições, juntamente com as Igrejas Nossa Senhora das Graças e Catedral dos Remédios, e já faz parte do calendário cultural do Maranhão, atraindo turistas de todas as regiões do Brasil.
Além do espetáculo e da religiosidade o Fogaréu tem cunho social. As tochas que são entregues para a s pessoas que querem participar serão trocadas por alimentos não perecíveis que serão doados a pessoas carentes de Caxias.
Percurso
O espetáculo começará às 19h. Serão apresentados atos da vida de Jesus, culminando com sua venda, feita por Judas. Às 20h, farricocos e soldados romanos conclamam a população à caça ao Nazareno. Descendo as escadarias da Catedral, passando pela Igreja da Matriz, seguindo em direção à Igreja do Rosário, onde encontram a mesa da última ceia já dispersa. Em seguida, avançam na direção da Igreja de São Benedito, Ermida de Santa Luzia, até o Morro da Igreja de Nossa Senhora do Sorriso, que simboliza o Jardim das Oliveiras, onde se dará a prisão do Cristo. Este é representado por um estandarte de linho pintado com duas faces, obra do artista plástico Guilherme Veiga. Por volta das 22h o estandarte segue em procissão para Igreja de Nossa Senhora de Assunção, onde é guardado, simbolizando o local da paixão.
O espetáculo começará às 19h. Serão apresentados atos da vida de Jesus, culminando com sua venda, feita por Judas. Às 20h, farricocos e soldados romanos conclamam a população à caça ao Nazareno. Descendo as escadarias da Catedral, passando pela Igreja da Matriz, seguindo em direção à Igreja do Rosário, onde encontram a mesa da última ceia já dispersa. Em seguida, avançam na direção da Igreja de São Benedito, Ermida de Santa Luzia, até o Morro da Igreja de Nossa Senhora do Sorriso, que simboliza o Jardim das Oliveiras, onde se dará a prisão do Cristo. Este é representado por um estandarte de linho pintado com duas faces, obra do artista plástico Guilherme Veiga. Por volta das 22h o estandarte segue em procissão para Igreja de Nossa Senhora de Assunção, onde é guardado, simbolizando o local da paixão.
História
- A primeira Procissão do Fogaréu aconteceu em 2004 com a participação de 80 jovens. Mesmo sob forte chuva, o grupo não se intimidou e percorreu as ruas da cidade acompanhado por pouco mais de mil pessoas. Nesse ano, não houve encenações teatrais.
- Em 2005, aconteceu a primeira adaptação do teatro e é este um dos fatores apontados para o sucesso da procissão.
- En 2006 as luzes da cidade começaram a ser desligadas durante o percurso, o que deu vida e mais emoção ao evento.
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