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Riacho São José está morrendo.

segunda-feira, 17 de março de 2014


A cada nova rede de esgoto que deságua no riacho São José diminuem suas chances de recuperação. O afluente do rio Itapecuru morre todos os dias sem que ninguém, ou qualquer órgão público ou instituição façam nada para salvá-lo. Entre os estudantes apenas pesquisas que só comprovam a sua degradação e que não ajudam a recuperá-lo. Para o poder público, apenas promessas. Quem conhece a história do riacho desabafa a sua indignação.
“Nós banhávamos aqui, a gente lavava roupa fazia tudo de bom dentro do riacho. Hoje está desse jeito, uma tristeza e ninguém faz nada. Os próprios moradores são os primeiros a jogar lixo aqui”, destaca a dona de casa Nazaré dos Reis.
Nas águas do riacho São José o que se encontra é lixo, tênis velhos, sacolas e garrafas plásticas e diversas redes de esgotos residenciais que escoam sem qualquer tipo de tratamento na água do riacho. O riacho São José, que tem seis quilômetros de extensão, nasce no bairro Pai Geraldo, na periferia de Caxias. Em todo o trecho há sinais claros de poluição.
Os cuidados são redobrados com as crianças. Nem mesmo a brincadeira nas margens do riacho poluído é permitida. Quem infringe a determinação dos pais, já sabe que será punido. O estudante Ronaldo de Oliveira, 10 anos, disse que nunca banhou nas águas do riacho São José e se sente triste por isso. Para ele e os amigos o local que fica há alguns metros de casa poderia servir para as brincadeiras da infância.
“A gente podia brincar na água do riacho se ela prestasse, mas desse jeito aí se a gente entrar apanha. A mãe já proibiu, nunca botei nem o pé aí dentro, porque tem dias que água está tão suja que enche de mosquito”, explica o estudante.
Além de muita sujeira há outro incomodo que tira o sossego de quem reside muito próximo ao riacho é o mau cheiro e os insetos. Portas e casas passam a maior parte do dia trancada. Na opinião da técnica de enfermagem Teresinha de Jesus Sousa a degradação do riacho pode prejudicar a saúde de quem reside próximo à sujeira e ao mau cheiro.
“Isso faz mal principalmente as crianças pequenas e os idosos. Tem dias que as portas da casas só abrem porque é preciso sair e entrar. Porque o incomodo é ruim demais. Tem gente que já pensou até em vender suas casas, mas não encontra nem quem queira comprar. Quem é que vai querer morar perto de um lugar sujo como esse?” questiona.
A degradação do riacho, assim como o de outras dezenas de afluentes do rio Itapecuru acontecem justamente pela falta de conscientização. Quem reside próximo as suas águas reconhecem que os próprios moradores são os primeiros a sujar a água do riacho São José.
“Eu acho um absurdo mas os próprios vizinhos jogam lixo aqui. As vezes é só impaciência, porque não custa nada esperar o carro do lixo passar. Tem vezes que até bicho morto eles jogam dentro do riacho e a gente não pode dizer nada. É uma falta de educação mesmo”, considera a dona de casa Jesus Mendes.

Os próprios moradores são os primeiros a jogar lixo aqui?, destaca a dona de casa Nazaré.

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