Se a saúde estivesse em boa forma, com certeza daria um excelente e competitivo candidato ao Senado Federal, como era seu desejo antes de iniciar o processo de debilitação.
Assim como ao povo da região dos Cocais fará falta a sua existência, o governo sentirá a dor da ausência de quem foi peça fundamental na primeira eleição de Flávio Dino como deputado federal, engrenagem forte no pleito vitorioso de governador e agora, por último, como o interlocutor entre o Legislativo e o Executivo. Era mais que conselheiro, amigo pessoal.
Não raras vezes em que o clima começa a esquentar entre a base e o governo, lá estava Humberto Coutinho com habilidade costurando a busca da harmonia. Muitos dos jovens deputados o chamavam de pai.
A capacidade de agregar surpreendia até os membros da bancada da oposição e deixava bem mais calmos os governistas que reclamavam do tratamento a que eram submetidos pelo Palácio dos Leões. Foi Coutinho quem abriu as portas e fez Flávio Dino se aproximar mais dos políticos.
A ausência de Humberto Coutinho no processo da reeleição de Flávio Dino acontece exatamente no ano da eleição. No período em que o governador terá que ter o apoio da ampla maioria dos deputados, não apenas no plenário, em suas bases de atuação, junto aos seus prefeitos e lideranças políticas. Era peça fundamental no projeto de reeleição do governador.
Agora assume a presidência da Assembleia Legislativa o deputado Othelino Neto, que também tem se revelado habilidoso e agregador, com a missão de substituir aquele que muito ajudou o governo e o governador.
Fonte: Luís Cardoso.
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