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Morte da escrivã Loane completa 3 meses.

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Loane e o assassino
Shayara e Alysson

          Em maio deste ano  Caxias foi palco de um crime covarde. A escrivã Loane Maranhão Silva Thé, de 32 anos, foi morta a facadas enquanto ouvia o depoimento de um acusado de pedofilia. O homem era o gari Francisco Alves Costa, de 43 anos.
            No dia 15 de Maio, nas dependências da Delegacia da Mulher de Caxias, Loane ouvia sozinha o depoimento de Francisco, acusado de estuprar as próprias filhas, de 17 e 20 anos. De repente o gari sacou uma faca que levava escondida na roupa e atacou a jovem com golpes no pescoço. Ela ficou com um ferimento na mão, um sinal de que tentou se defender, mas  morreu no local.
            A colega de trabalho da escrivã, a investigadora Marlene Almeida, ouviu os gritos de Loane e tentou socorrê-la. Também foi atacada por Francisco, com gravidade menor. Chegou a ser internada e se recuperou. Depois de matar a escrivã e ferir a agente, ele conseguiu fugir, mas foi capturado próximo à rodoviária de Caxias.
        O fato repercutiu em nível nacional. A Secretaria de Políticas Para as Mulheres e o CNPM (Conselho Nacional dos Direitos da Mulher) na época divulgaram em nota seu repúdio contra o crime: “O crime explicita o preconceito, o machismo e a misoginia, os quais todas combatemos. Essa violência é tanto mais grave pelo fato de ter se voltado contra uma autoridade policial que, em seu lugar de trabalho, zelava exatamente pelos direitos das mulheres. Isso não bastou para conter o assassino.”
          Segundo o delegado Jair Paiva, Superintendente de Polícia Civil do Interior, o gari disse que não teve intenção de matar a escrivã. Ele atacou Loane quando ela o informou que suas filhas o haviam denunciado e percebeu que seria preso.
         O pai de Loane, Flávio Veina Thé, disse que ela “vivia para o trabalho. Gostava de estudar e era educada. Seu quarto era cheio de livros. Estava apenas começando a sua carreira. Ela não gostava de baladas e tinha muitos amigos. Ela ia para Teresina todos os finais de semana e morava aqui em Caxias numa pensão. A mãe dela e eu estamos mortos. Essa é a segunda tragédia na família em menos de um ano. Também tive um filho que morreu na queda de um avião em dezembro em Teresina. O sonho da vida dela era ser policial. Tudo foi destruído”
         Loane Maranhão  trabalhou na Delegacia durante cinco anos.
         Também em Maio deste ano foi assassinada em Caxias, com golpes de faca, a estudante Shayara Campos, de 20 anos. Ela foi morta pelo próprio companheiro, Alysson dos Santos Silva, de 24 anos.Moraram juntos aproximadamente por dois meses na Vila Lobão. Tudo indica que o crime foi causado por ciúmes.

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